Dores na canela…Você sabe o que é?
Popularmente conhecida como canelite, a síndrome da tensão tibial medial (STTM) é comum nas pessoas que praticam a corrida, principalmente nos iniciantes que ainda não se adaptaram às atividades ou que exageram no ritmo dos treinamentos.
A STTM é definida como dor e desconforto na perna, causada pela corrida praticada de forma repetitiva numa superfície dura ou por uso excessivo dos flexores do pé. É a inflamação do principal osso da canela, a tíbia, que leva a dor na região póstero – medial da perna dos dois terços distais da tíbia.
Condição também conhecida como síndrome do sóleo.
Especialistas em ortopedia dizem que normalmente a dor é contínua e progressiva.
A dor é aliviada com repouso e piora com a atividade física. Pode haver dor com a elevação dos dedos do pé ou pela flexão plantar resistida e, com isso, acaba resultando na queda do desempenho ou na limitação do atleta.
Causas da canelite
* Alterações biomecânicas;
* Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração;
* Alterações no calçado e superfície de treinamento;
* Lesões de partes moles;
* Falta de alongamento;
* Anormalidades na inserção muscular.
Tratamento
Em casos de dor excessiva e continua mesmo fora da rotina de treinos, torna-se necessário a realização de exames complementares, através deles é possível constatar o nível da lesão. Na ressonância magnética, pode ser evidenciado um edema periosteal, indicando a periostite de tração. A cintilografia óssea pode mostrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento do osso.
Nos casos leves, só a diminuição da intensidade e duração do treino já ajuda, mas não é o que ocorre com a maioria, que muitas vezes tem que parar. Muitos não sabem tratar a doença direito. – Medidas gerais devem ser tomadas, gelo pode ser usado e também recomendado fisioterapia analgésica e alongamento do aquiles.
Depois que as dores passam, correções posturais melhora da técnica e equilíbrio muscular, são as chaves do tratamento.
A maioria das síndromes é de tratamento conservador. Faz-se necessário repouso relativo de dois a quatro meses, mantendo o condicionamento físico com atividades sem impacto e indolores como bicicleta e natação.
O retorno ao treinamento deve ser gradual, não se esquecendo do alongamento e condicionamento progressivos.