No último dia 30 de novembro, aconteceu a Maratona de Firenze e a S&P foi representada por nosso amigo Carlos Ferreira Araujo, que conta um pouco sobre a experiência de correr sua oitava maratona. Veja!
Depoimento do Carlos
“Lá se vão catorze anos de corridas, iniciadas numa maratona de revezamento do Pão de Açucar onde corri cinco km com um tenis totalmente inadequado e que provocou imensas bolhas nos pés. Lá se vão oito Maratonas. Apesar dos (muitos) anos (de vida inclusive), me sinto contente de ainda poder correr e ainda mais feliz de conseguir correr com a mesma performance de quando comecei.
Pensando bem, os anos transcorridos só aumentam o desafio de bater a meta dos 42,195 km e como gosto de desafios, a cada maratona concluida maior é a satisfação de terminá-las.
Dessa vez não foi diferente, apesar de ter enfrentado as mesmas dores na coxa direita durante os treinos que quase me tiraram da maratona de Varsóvia no ano passado, este ano tive que fazer adaptações aos treinos nas últimas semanas preparatórias, trocando a corrida pela bicicleta e pela piscina. Ao contrário do que previa essa mudança nos treinos me trouxe mais estimulo e me manteve bem condicionado para a prova.
Por falar na corrida, a Maratona de Florença é uma daquelas provas em que o corredor deve admirar a paisagem. A prova inicia-se no centro histórico da cidade, tem boa parte do seu trajeto em parques e termina novamente no centro histórico passando diante das suas famosas igrejas e museus.
O percurso é 99% plano, porém há 3 ou 4 rampas curtas que alteram o ritmo da corrida, mas o maior problema não é este: como a cidade é pequena e circundada por montanhas há muitas curvas, o que provovam uma perda no seu tempo total. Por isto, não pense em fazer “tempo” nessa prova. As ruas são estreitas e apesar dos mais de 9 mil corredores (recorde de participação) não fui atrapalhado em nenhum momento.
Outro problema é a organização para chegar ao local da partida. Os corredores são divididos em blocos com base nos seus históricos de tempos em provas anteriores, mas o acesso a estes pontos de largada é estreito e tumultuado. A temperatura nessa época (novembro) é baixa (entre 6 e 10 graus), mas o sol estava presente. Há pessoas incentivando os corredores em todo o percurso, mas a distribuição de água e outros liquidos só acontece há cada 5 km, o que foi péssimo pra mim.
Com as adaptações aos treinos e com uma meia na coxa direita para segurar a musculatura consegui concluir a prova em 3h42m18s. Não fossem as inumeras curvas e se tivesse tido um treino adequado às planilhas fatalmente eu teria quebrado meu recorde de 3h39m. No entanto, dadas as circuntancias, foi uma imensa conquista. Pela oitava vez.
Obrigado a todos que torceram por mim (mesmo distantes) e um obrigado em especial ao Leandro e ao Claudio por terem acompanhado e adpatado meus treinos. Finalmente (e mais importante), obrigado à minha esposa, amiga e personal trainer, por ter corrido todo o percurso comigo (em pensamento) e me esperado por mais de três horas (literalmente) na reta final.
Posição: 3387 de 9292
Masculino: 3165 de 7841
Faixa Etária: 689 de 1708
Tempo: 3:42:18
Saluti a tutti.”